Quem faz a broca

Quando eu estava no colegial, as pessoas costumavam dizer que eu deveria escolher a profissão que eu mais gostasse, aquela em que eu me imaginava trabalhar para o resto da vida. E esse negócio de “resto da vida” é bem complicado. Dá um nervoso, uma aflição! Por obra do destino – que sacaneou comigo – acabei escolhendo estudar Jornalismo. Hoje o meu sonho era ter talento para Matemática, Física, Química... qualquer coisa me desse a oportunidade de ser bem sucedida em uma área "prioritária" no país e que me rendesse mais dinheirinho. Mas isso não vai acontecer. Sendo assim, seguirei com minha pobreza declarada esperando que um dia a sorte mude e me surpreenda.

O problema é que quando se entra em uma faculdade de Jornalismo, as escolhas são ainda mais difíceis. É necessário começar a pensar na área que se quer atuar, com o que se quer trabalhar, acreditando que isso vai fazer com que as contas sejam pagas antes que o dinheiro acabe. Doce ilusão! No entanto, mesmo que a carreira escolhida não possibilite uma vida confortável – como as dos jornalistas que aparecem nas novelas da Globo – deve possibilitar o prazer. Prazer em fazer aquilo que se gosta, que se identifica, que dá estímulo na vida. E é neste contexto que entra o “Hora da Broca”.

A ideia aqui é externar o prazer que sinto em fazer aquilo que mais gosto: comer. Eu vivo pra comer, essa é a verdade. Se um dia eu ganhar dinheiro com isso, ótimo. Mas se caso isso não acontecer – o que é bem mais provável, não tem problema. Continuarei a comer, a fechar os olhos ao provar um bom chocolate, a ser fácil ao aceitar convites relacionados a lanches, almoços e jantares, a gritar histérica por ver uma picanha bem assada e cheia de gordura à mesa, a ouvir minha barriga roncar ao sentir o cheiro de um bacon fritando na panela... Enfim, continuarei a ser, com muito orgulho e muito amor, a mesma gorda de alma que sou desde que nasci.

Quando eu ganhar na Mega-Sena (ainda não comecei a jogar, mas sei que um dia eu vou ganhar), abrirei um badalado restaurante na cidade, com tudo do bom e do melhor. E, ao contrário do que as pessoas dizem, não darei prejuízo ao empreendimento por consumir o que será produzido. Para isso existem os psicólogos, precisando sustentar suas famílias tanto quanto nós. Mas enquanto eu não me torno empresária do ramo da gastronomia, a comilança segue por aqui, pelo blog - e também pela página no Facebook, pelo perfil no Twitter e também no Youtube

Meu nome é Mariana Almeida. Sou estudante de Jornalismo, na UFPA. Namoro com o Pedro de Bragança, sou irmã da Camila Ferreira e filha da Laura Rosa. Os três me ajudam e me apoiam muito na constituição deste blog e no meu sonho de trabalhar com gastronomia. Além deles, tem outras duas pessoas muito especiais nessa história: Antonio Macêdo, que fez toda essa identidade visual cheia de fofura e a Adriana Pinto, namorada do Antonio e que deu grandes contribuições para o trabalho. Casal lindo talentoso, amém! 

Não faz cerimônia e serve-te bem. Bom apetite!